Internamente, precisamos lidar com nossos gestores, buscando patrocínio nos níveis estratégicos para obter respaldo institucional e buscando formas de ampliar a autonomia (com responsabilização, é claro) - a ruptura de projetos por gestões personalistas certamente seria reduzida com essas conquistas, vocês não acham?
Para envolver o cidadão, ampliar e baratear o acesso a serviços, e permitir o voto direto na aprovação de políticas públicas (usando o blockchain para nos mantermos seguros) foram ótimas ideias que também surgiram. Trabalhar a comunicação com nosso público também é importante e surgiram ideias sobre como facilitar o acesso a informações públicas divulgadas, aumentar a comunicação de soluções desenvolvidas e facilitar o acesso digital do cidadão.
E, como não poderia deixar de ser, precisamos lidar com alguns panos de fundo...
A cultura organizacional do setor público é uma das principais motivações para a existência da InovaGov, já que inovação é algo bastante estranho a quem, por muito tempo, precisou zelar pela estabilidade e controle de suas ações. Como consequência, para inovar, precisamos combater o insulamento burocrático, os excessos procedimentais e a resistência à mudança. Especificamente quando falamos em abrir os dados do governo - o que nos aproxima do cidadão e facilita o trabalho social por parte das startups - surge uma resistência dos órgãos, vista como medo da perda de poder e falta de compromisso. Outras ideias para continuar esse trabalho rumo a uma cultura organizacional mais inovadora foram trabalhar a confusão que existe entre inovação e a pura aplicação de tecnologia, a tendência a querer "guardar" ideias para que não sejam "roubadas" e a busca por um ideal que nunca chega.
Como resultado de uma cultura mais inovadora espera-se que as soluções do governo sejam experimentadas e validadas pelo cidadão antes de colocadas na rua, tornando-se menos complexas e mais próximas a suas necessidades (olha aí aquela outra ideia de criar mais laboratórios de inovação no governo!). Em suma, plagiando a fala de um colega, "o governo entender que a sociedade civil organizada é mais poderosa do que ele mesmo".
E como falar em aproximação do setor privado sem tratar da Lei nº 8.666, a famosa lei de contratações, tão cheia de restrições? Como sugestões, apareceram (mais de uma vez) a criação de um banco de especificação de produtos e preços do Governo federal, possibilitação da compra de inovação e percepção de que o retorno para o cidadão é mais relevante do que custo do investimento. Aliás, fica a dica para conhecer um pouco sobre como a nova versão da lei, já aprovada pelo Senado Federal, vem tratando a figura do Diálogo Competitivo!
É isso, pessoal! Viram como temos muitas ideias para intervenção, né?!
Ano que vem, temos muita massa para colocar as mãos! ;)
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