Você é adepto do
comércio eletrônico? Se não, pense melhor. O comércio eletrônico está criando
novos hábitos de consumo entre os brasileiros, apresentando crescimento
superior ao do varejo tradicional. O consumidor é atraído pela comodidade,
facilidade de acesso e pagamento, agilidade, variedade de produtos e tantas
outras vantagens que o meio oferece.
O Brasil é um dos
países que mais crescem nesse mercado, ocupando a liderança do mercado de
comércio eletrônico na América Latina. De acordo com um estudo apresentado
pela Forrester Research, as vendas no país devem
ultrapassar R$ 48 bilhões em 2017. O setor de comércio eletrônico faturou, em
2015, R$ 41,3 bilhões, um crescimento de 15% na comparação com 2014. Já as
empresas europeias movimentaram € 424 bilhões, em 2014 (último dado
disponível), segundo o Ecommerce Europe, associação com mais de 25 mil empresas
de comércio eletrônico. O desempenho do setor em 2014, na União Europeia, foi
14% maior que o verificado em 2013.
Um estudo comparativo
sobre comércio eletrônico nas Pequenas e Médias Empresas no Brasil e União
Europeia, lançado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Externo (MDIC), apoiado pelo Projeto Diálogos Setoriais UE-Brasil, aponta que há potencial para a manutenção do crescimento do setor no
Brasil, uma vez que as vendas online representaram, em 2015, apenas 4,1% do
faturamento do varejo, enquanto mercados mais maduros como, por exemplo o Reino
Unido, o comércio eletrônico representa mais de 14% do faturamento do varejo.
O estudo também
verificou que há vários aspectos no e-commerce brasileiro que precisam ser
aperfeiçoados como, por exemplo, a infraestrutura de telecomunicações de banda
larga fixa; a capacitação dos gestores de PMEs para o mundo digital; o acesso
ao crédito; a simplificação dos sistemas fiscal e legal; e a criação de
estratégia integrada para promoção do empreendedorismo digital. Por outro lado,
o documento constatou também que nos grandes centros europeus há elevado grau
de sofisticação de serviços de pagamentos eletrônicos; plataformas digitais
modernas e preparadas para demandas em escala e a existência de serviços
sofisticados de logística, elementos que contribuem fortemente para o
desenvolvimento do setor.
Durante a investigação,
foram observadas algumas similaridades entre a realidade do e-commerce
brasileiro e o europeu. Nos dois mercados, as PMEs são as mais atuantes do
setor de e-commerce, chegando a 80% no Brasil, de acordo com a Câmara
Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net). Também foi apontado que hoje no Brasil são aproximadamente 450 mil
e-commerces ativos, destes 15% possuem lojas físicas e 85% só existem na
web. Destaca-se também que são poucas as PMEs que se aventuram a realizar
vendas online para outros países, mesmo dentro da Europa, onde apenas 7% das
PMEs fazem comércio eletrônico transfronteiriço.
O estudo é a primeira
etapa da construção da política pública e apresenta subsídios para discussão e
priorização de temas que impactem o setor. Os passos seguintes serão dados
ouvindo-se o setor privado, a academia e demais órgãos públicos que atuam, por
exemplo, nas áreas de atenção apontadas pelo estudo. Há de se destacar que
nenhuma das áreas de atenção é de simples resolução ou de solução imediata,
portanto a concertação entre as partes envolvidas será essencial.
Confira o estudo na integra aqui.
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