Blog da Rede de Inovação no Setor Público

1 de set. de 2016

Você é adepto do comércio eletrônico?







Você é adepto do comércio eletrônico? Se não, pense melhor. O comércio eletrônico está criando novos hábitos de consumo entre os brasileiros, apresentando crescimento superior ao do varejo tradicional. O consumidor é atraído pela comodidade, facilidade de acesso e pagamento, agilidade, variedade de produtos e tantas outras vantagens que o meio oferece.

O Brasil é um dos países que mais crescem nesse mercado, ocupando a liderança do mercado de comércio eletrônico na América Latina. De acordo com um estudo apresentado pela Forrester Research, as vendas no país devem ultrapassar R$ 48 bilhões em 2017. O setor de comércio eletrônico faturou, em 2015, R$ 41,3 bilhões, um crescimento de 15% na comparação com 2014. Já as empresas europeias movimentaram € 424 bilhões, em 2014 (último dado disponível), segundo o Ecommerce Europe, associação com mais de 25 mil empresas de comércio eletrônico. O desempenho do setor em 2014, na União Europeia, foi 14% maior que o verificado em 2013.

Um estudo comparativo sobre comércio eletrônico nas Pequenas e Médias Empresas no Brasil e União Europeia, lançado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo (MDIC), apoiado pelo Projeto Diálogos Setoriais UE-Brasil, aponta que há potencial para a manutenção do crescimento do setor no Brasil, uma vez que as vendas online representaram, em 2015, apenas 4,1% do faturamento do varejo, enquanto mercados mais maduros como, por exemplo o Reino Unido, o comércio eletrônico representa mais de 14% do faturamento do varejo.

O estudo também verificou que há vários aspectos no e-commerce brasileiro que precisam ser aperfeiçoados como, por exemplo, a infraestrutura de telecomunicações de banda larga fixa; a capacitação dos gestores de PMEs para o mundo digital; o acesso ao crédito; a simplificação dos sistemas fiscal e legal; e a criação de estratégia integrada para promoção do empreendedorismo digital. Por outro lado, o documento constatou também que nos grandes centros europeus há elevado grau de sofisticação de serviços de pagamentos eletrônicos; plataformas digitais modernas e preparadas para demandas em escala e a existência de serviços sofisticados de logística, elementos que contribuem fortemente para o desenvolvimento do setor.

Durante a investigação, foram observadas algumas similaridades entre a realidade do e-commerce brasileiro e o europeu. Nos dois mercados, as PMEs são as mais atuantes do setor de e-commerce, chegando a 80% no Brasil, de acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net). Também foi apontado que hoje no Brasil são aproximadamente 450 mil e-commerces ativos, destes 15% possuem lojas físicas e 85% só existem na web. Destaca-se também que são poucas as PMEs que se aventuram a realizar vendas online para outros países, mesmo dentro da Europa, onde apenas 7% das PMEs fazem comércio eletrônico transfronteiriço.

O estudo é a primeira etapa da construção da política pública e apresenta subsídios para discussão e priorização de temas que impactem o setor. Os passos seguintes serão dados ouvindo-se o setor privado, a academia e demais órgãos públicos que atuam, por exemplo, nas áreas de atenção apontadas pelo estudo. Há de se destacar que nenhuma das áreas de atenção é de simples resolução ou de solução imediata, portanto a concertação entre as partes envolvidas será essencial.

Confira o estudo na integra aqui.​


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