Em artigo publicado esta semana no blog do Nesta, Eddie Copeland defende que iniciativas que visam reformas do setor público não devem priorizar apenas a narrativa do governo digital. Se iniciarmos as conversas sobre mudanças no setor público a partir da tecnologia, surgem três consequências negativas: 1) você passa uma mensagem para os políticos/líderes/gestores públicos de que suas experiências não são relevantes e de que os especialistas em tecnologia encontrarão soluções para os seus problemas; 2) a reforma do setor público não pode ser simplesmente delegada ao departamento de TI; e 3) muitas vezes acabamos parando em novas ferramentas digitais para as mesmas velhas maneiras de trabalhar.
Então, por onde devemos começamos a pensar a inovação no setor público? A primeira pergunta deve ser: como você quer trabalhar? Isto é, como fazer uso mais inteligente das pessoas?
A segunda pergunta é: quais dados você precisa para trabalhar dessa maneira?
A terceira questão - a pergunta final - é: que tecnologia você precisa para lhe dar esses dados para que você possa trabalhar dessa maneira?
Também é importante fazer uso mais inteligente das pessoas em termos de geração de novas ideias. Muitas vezes, as pessoas com melhor compreensão dos problemas e das soluções prováveis são as que trabalham no próprio setor público. Muitas vezes é daí que vêm os inovadores!
Resumindo, a inovação no setor público envolve uma combinação de se fazer uso mais inteligente de pessoas, dados e tecnologia. A ordem dos fatores, nesse caso, é importante: as pessoas devem vir primeiro - a tecnologia é o facilitador, e não o condutor do processo. Então, vamos começar a pensar sobre como podemos fazer uso mais inteligente de indivíduos dentro e fora do setor público - aproveitando seu tempo, ideias e produtos para fomentar uma verdadeira inovação no governo.
29 de jun. de 2017
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