Os dias passam e continuamos utilizando a cultura organizacional como pretexto para não inovar. Não me entendam mal: uma cultura pró-inovação é sim determinante para o que queremos alcançar (aparentemente, existe até um cargo para zelar por ela em grandes empresas como Google, WikiMidea e Zappos), mas parece que, no serviço público, ela é mais uma desculpa para manter o status quo do que uma barreira a ser vencida. E imagino que isso ocorra por um simples motivo: a cultura organizacional soa como algo intangível, "é elusiva, como a energia que circula em um ambiente" e como poderia ser, então, alterada?
Daí me deparei com esse maravilhoso artigo chamado "Mudando a cultura: altere pequenos hábitos para obter grandes ganhos", uma espécie de passo a passo baseado no psicologia comportamental ( e com muito mais exemplos do que me propus a colocar aqui!).
Em resumo: 6 passos!
1) identifique como os hábitos funcionam, a fim de entender: 1. como surge o comportamento na sua organização; 2. o que o mantém; e 3. como você pode mudar os elementos no ambiente para alterá-lo.
Para isso, é importante entender que hábitos são formados por um gatilho, uma rotina consequente e um (ou mais) reforço que a mantém. Esse ciclo se repete constantemente para você, sua equipe e sua organização.
2) Identifique alguns hábitos-chave e bem difundidos que precisem ser mudados, obtendo, assim,
soluções focadas, cujo impacto permita às pessoas se sentirem paulatinamente confortáveis com a mudança na cultura.
3) Desmembre esse hábito em gatilho (o que leva à reação?), rotina (quais comportamentos fazem parte da reação?) e reforço (que benefícios as pessoas obtêm desses comportamentos?).
4) Identifique a causa raiz da rotina atual: considere, aqui, fatores ambientais e pessoais (não é possível obter resultados atacando um sem atacar o outro).
5) Desenvolva as condições para que as pessoas utilizem uma rotina alternativa.
6) Ouça os feedbacks! Como tudo na vida, aqui também é possível errar. E você só vai saber disso se ouvir as pessoas.
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